1: Necessidade vem antes de preço

A resposta da maioria dos colegas nos fóruns começa por atacar diretamente o preço (ou a marca) da câmera. Eu discordo dessa abordagem completamente. Primeiro de tudo, é preciso estabelecer a necessidade de uso: no que a câmera será efetivamente usada. Isso é que vai determinar as características técnicas essenciais desejadas. É fácil, porque você vai selecionar pelos recursos que lhe interessam: por exemplo, qual modelo suporta Wi-Fi para baixar fotos, qual possui uma tela articulada para facilitar o uso como filmadora, ou qual tem uma taxa de captura contínua suficientemente alta para esportes (acima de 4 fotos por segundo).

Depois vem a parte fácil de escolher o modelo, dentro do orçamento dado – usualmente subestimado, pois no Brasil todo mundo, paradoxalmente, aceita pagar pequenas fortunas por automóveis, mas reluta em pagar um preço realista por bicicletas ou câmeras.

Pretende expandir seu kit com outras lentes? É preciso levar isso em conta desde o início, quando se lida com DSLRs. A graça fundamental de uma DSLR é aceitar várias lentes diferentes, cada qual mais indicada para uma aplicação. Quanto está disposto a gastar nisso? E em acessórios, particularmente flash? A despesa total, incluindo essas expansões, alonga-se no tempo. Boas lentes são mais caras que a máquina. (Tem mais sobre esse tema logo adiante.)